24 outubro 2008

d e u s e s


...é o mínimo que se pode chamar a estes 4 seres humanos. Se atribuímos aos deuses a capacidade de terem poderes e influência sobre nós, sem dúvida que este conjunto ainda hoje consegue ao som da sua música transportar-nos para outros locais. Passaram muitos anos desde a sua formação e menos alguns sobre a sua separação. Fizeram entretanto uma tourné mundial onde se voltaram a reunir (que passou pelo Super Bock Super Rock em Lisboa em 2004 e que este humilde servo teve a sorte de ir ver). Não sei como a musica afecta cada um de vocês, mas a mim, esta tem um poder muito maior que qualquer outra, pois consegue levar-me a outros locais, voar, ir ao inferno, ao etéreo e voltar.
Raras vezes se encontra na história do rock um estado de arrebatamento criativo tão selvagem como o que abençoou Black no arranque dos Pixies, com o EP Come On Pilgrim e o álbum Surfer Rosa a alterarem os códigos de então como uma lufada de ar fresco furiosa. Antes de seguir um via lírica mais surrealista (sob os ímpetos do cineasta Luis Buñuel e do pintor Salvador Dali) e mais espacial (a que se seguiram outras bem interessantes na sua carreira a solo), Black revelou-se como um mensageiro de um imaginário imprevisível de sexo, incesto e violência.
Curt Cobain afirmou que Smells Like Teen Spirit foi a sua tentativa de imitar uma musica de PIXIES, e todos sabemos a onda que isso criou, apesar dele próprio ter dito que não ficou contente com o resultado. Sonic Youth, Mudhoney, Beck, Placebo e muitas outras são bandas saídas da sonoridade criada por Black Francis e companhia.
Deixo-vos aqui dois temas emblemáticos, tocados ao vivo e com uns bons anos de diferença, mas que continuam a possuir o PODER!!!

d e u s